I Congresso Internacional de Ciberjornalismo

Live Coverage

II Congresso Internacional de Ciberjornalismo

Posted by obciber em 07/12/2010

Acompanhe a cobertura do II CobCiber em http://blogciber2.wordpress.com.

O II Congresso Internacional de Ciberjornalismo realiza-se nos dias 9 e 10 de Dezembro de 2010, nas instalações do Pólo de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto.

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Retratos do ciberjornalismo em Portugal no I Congresso Internacional de Ciberjornalismo

Posted by obciber em 12/12/2008

por Joana Caldeira Martinho, Alice Barcellos e Patrícia Lima

O ciberjornalismo português e o seu futuro são um dos pontos em foco no I Congresso Internacional de Ciberjornalismo.

Helder Bastos, docente da Universidade do Porto, apresentou a sua tese de doutoramento sobre “Ciberjornalistas em Portugal”, que se debruça sobre “o que fazem”, “o que ganham” os jornalistas online portugueses e também sobre “as suas motivações e desafios”.

As conclusões não são animadoras, uma vez que  “o ciberjornalismo em Portugal está subdesenvolvido, não são aproveitadas todas as capacidades” da Internet, explica o professor. O problema está “na própria história do ciberjornalismo em Portugal, que nunca foi favorável ao investimento”, em “problemas de formação” e em não haver aposta da publicidade.

Mas o futuro não é necessariamente negro, prevê Helder Bastos. “Podemos esperar a médio/longo prazo que, à medida que as pessoas comecem a consumir mais informação online, os anunciantes corram atrás disso”. “É inevitável, embora possa demorar mais tempo, que o ciberjornalismo dê o salto”, acrescenta.

Ciberjornais portugueses e as suas apostas

Paulo Guerrinha, da Sapo Notícias, acredita que fazer jornalismo multimédia “não é fazer copy paste de fotografia e texto”, é “pensar em multimédia”. A Sapo Notícias é, originalmente, “um agregador de conteúdos”, explica, mas agora, com “uma redacção de oito ou nove pessoas”, aventurou-se nas “primeiras experiências de produção própria”. “São jornalistas multimédia que fazem tudo, levam a máquina fotográfica,a câmara de vídeo e o tripé, vão para a rua e fazem a reportagem completa”, explica.

O caso do PortugalDiário é diferente. Sendo que foi sempre um jornal online, a aposta está em “aproveitar as potencialidades todas do webjornalismo”, afirma Luísa Melo, do jornal online. Uma experiência nova foi “a cobertura da noite eleitoral nos EUA”, em tempo real e com uma sala de chat para discussão dos utilizadores. O próximo investimento é “aumentar a participação do cidadão”.

Manuel Molinos orgulha-se da edição online do JN, recentemente renovada e agora “mais apelativa e interactiva”. O editor confessa que esperava alguns “problemas com o manuseamento de software e com as plataformas de gestão”, mas, surpreendeu-se por estas dificuldades terem sido “superadas com facilidade”.

O Público é um dos jornais que tem edição online há mais tempo em Portugal, mas, mesmo assim, o editor Sérgio Gomes continua a encontrar desafios na convergência. “Existe vontade e as iniciativas avançam”, explica, mas, por outro lado, encontra sempre “estranheza e indiferença”. Dantes, a redacção online era como “uma ilha dentro do jornal, um gueto”, conta, realçando que chegou a ser confundida com uma “secção onde se reparavam computadores”. Hoje, algumas dificuldades já foram ultrapassadas, mas continua a existir “medo das novas tecnologias e do desconhecido”.

O que falta no ciberjornalismo português?

“Falta, sobretudo, mais qualidade”, afirma Manuel Molinos. E falta também “perceber quais os caminhos que cada site quer seguir”. Para o editor online do JN, “é preciso definir critérios, tentar não fazer tudo e fazer bem”.

Paulo Guerrinha aponta outra necessidade: “sensibilidade” por parte dos directores dos jornais. “Por vezes, os próprios directores não sabem lidar com um computador, quanto mais com a internet”, alerta o jornalista da Sapo Notícias. Mas Luísa Melo identifica um problema diferente, a falta de investimento das agências de publicidade. “Não é nos jornalistas que falta investir”, acrescenta.

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“Casa cheia” no 2º dia do I Congresso Internacional de Ciberjornalismo

Posted by obciber em 12/12/2008

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Rosental Alves – “Tendências do Jornalismo para a Emergente Sociedade em Rede”

Posted by obciber em 12/12/2008

Rosental Alves, professor na Universidade de Austin, Texas, acredita que esta nova sociedade ainda não tem um nome definido. Manuel Castells chama-lhe “sociedade em rede”, diz. E, apesar de a “revolução digital” já influenciar a política, economia e toda a sociedade, há dificuldades em receber a mudança, há “jornalistas revoltados”.

rosental-002Pela primeira vez na História, o dispositivo que recebe também começa a emitir. A tecnologia digital derruba fronteiras entre os meios e todos passam a ser multimédia, tal como a ideia de periodicidade fixa se torna obsoleta (porque a informação é instantânea e está sempre disponível na Internet), explica Rosental Alves.

Segundo o professor, os media tradicionais já estão a perder poder e controlo e há três mudanças fundamentais:

– redes activas substituem ou convivem com audiencias passivas
– meios multimedia substituem ou convivem com meios monomedia
– ruptura da periocidiade tradicional das entregas informativas

Daí que a ruptura nos modelos de negócio seja inevitável.

O jornalismo, segundo Rosental Alves, deixou de ser monopólio do jornalista, “quer queiramos quer não, por muito que professores, estudantes e jornalistas protestem”. Antes, para ser jornalista era necessário um meio tradicional porque não havia audiência noutro sítio, mas hoje já não existe essa barreira.

Os produtos fechados abrem-se à participação do público, transformam-se em serviços abertos. “Publicar uma notícia não é mais o fim de um processo”, reitera Rosental Alves, que acredita que os jornalistas estão a aperceber-se que “não pode estar à margem da grande conversação da Sociedade em Rede”. O público não só reage à notícia como ajuda na sua construção (corrigindo erros, sugerindo adendas).

Os blogs tornam-se pequenas empresas de media, com grande audiência e que chegam a fazer publicidade para meios noticiosos gigantes como o New York Times e existe também o jornalismo agregado ou “de curadoria”. Hoje, os jornais fazem links para outros media, embora ainda “timidamente”, diz Rosental Alves, porque os media mostram versões diferentes do que está publicado no seu site online, em vez de coisas que acrescentem ao que o site publicou.

Há também uma ascenção de jornalismo sem fim lucrativo e novos modelos de negócio, já que as pessoas se apercebem, nos EUA, que não se podem dar ao luxo de perder os jornais. Daí que floresçam projectos como o Spot.us e que os jornais sem fins lucrativos que dependem da comunidade para financiar a sua actividade, como o Voice of San Diego.

Esta “revolução digital”, diz Rosental Alves, é “uma reconstrução que não respeita fronteiras”.

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Mark Deuze (videoconferência) – “Journalism and New Media: Talent not Technology”

Posted by obciber em 12/12/2008

Mark Deuze reconhece que muitas plataformas estão a emergir na web e muitas têm um carácter inclusivo, desafiando as características do jornalismo tradicional.

Inicialmente, quando as organizações noticiosas passaram para o online, ou colavam o material da edição do meio tradicional sem pensar, ou faziam outsourcing de uma redacção localizada longe da redacção “original”.

O resultado disto, diz Mark Deuze, é que, nos últimos 5-10 anos, essas redacções online desenvolveram culturas próprias, muitas vezes opostas às culturas dos colegas do meio tradicional.

Mark Deuze afirma que há 6 ou 7 anos, previam-se vários futuros para os novos media:

mais do mesmo (informação geral para público geral com interesse geral), porque as coisas não mudam rapidamente
– a possibilidade de a natureza da internet permitir dar notícias específicas para público específico de interesse específico, porque a Internet permite aos jornalistas saberem o que a audiência queria
“jornalismo dialógico”, quando o jornalista pensa que o seu papel jornalista é igual ao papel de alguém da comunidade que ele serve. É o jornalista entrar numa conversação com a sociedade ou a comunidade, na vez de decidir o que aquelas pessoas vão saber.

Mark Deuze fala numa das novas tendências, o jornalismo “hiperlocal”, que desenvolve notícias para uma comunidade muito específica ou, por vezes, é a própria comunidade gere essas notícias.

Hoje vêem-se grandes exemplos de jornalismo como conversação (como o WikiNews), diz Mark Deuze, e também de participação dos cidadãos (como o Yo Periodista, do El País, entre muitos outros), mas em sites separados. Isto é, o jornalismo abraça cautelosamente a participação, não a associando completamente ao meio “original”.

O especialista holandês alerta para o aumento dos despedimentos no jornalismo e para a mudança do poder cultural, que passa do jornalista empregado para o seu empregador. E “encoraja os jornalistas a criarem alianças com os colegas e com pessoas específicas da comunidade, para produzir em conjunto”, declara.

Mark Deuze faz um apelo: “Talvez devêssemos parar de investigar e apoiar jornalistas que trabalham para grandes organizações. Devíamos olhar para o mais inovador e original jornalismo”, como o ProPublica, nos EUA. “Precisamos de jornalistas, mas, eventualmente, não os inseridos nas das grandes organizações noticiosas“, acrescenta.

“O desafio primário deste ecossistema com um meio único é a gestão”, considera. A indústria que tem futuro hoje é a “small-skill industry”, continua o especialista holandês, que precisa de pouco dinheiro para funcionar.

Mark Deuze acredita sinceramente que “qualquer jornalista feliz e apaixonado pelo seu trabalho vai produzir notícias melhores e mais relevantes para a comunidade” e aconselha sempre os seus alunos a “não tirarem cursos que os façam empregados de uma organização noticiosa, mas sim que os façãm criar o seu próprio projecto”.

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Vencedores dos Prémios de Ciberjornalismo

Posted by obciber em 12/12/2008

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Categoria Excelência Geral em Ciberjornalismo
Publico.pt

Categoria Breaking News
Assalto ao BES (publico.pt)

Categoria Reportagem Multimédia
A morte lenta do gelo eterno (JN)

Categoria Videojornalismo
Caminho onde o morto matou o vivo (PortugalDiário)

Categoria Infografia Digital
Assalto ao BES (Sol)

Categoria Ciberjornalismo Académico
Prostituição no Porto (JPN)

Os troféus foram concebidos pela Escola Superior de Artes e Design – ESAD

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Fernando Zamith e Catarina Osório – resultados de estudo sobre sites noticiosos portugueses

Posted by obciber em 12/12/2008

Fernando Zamith e Catarina Osório, do ObCiber, avaliaram o aproveitamento das possibilidades da web nos ciberjornais portugueses e notaram uma subida na utilização desses recursos em 2008, face aos dois anos anteriores.

Primeiros lugares

Publico.pt e JN
TSF
PortugalDiário e o Expresso
Rádio Renascença

Dos jornais gratuitos, apenas o Destak vai além da publicação da edição do dia online. Nos jornais económicos e nos jornais desportivos, o maior aproveitamento das possibilidades ciberjornalísticas verifica-se no Jornal de Negócios e no Record, respectivamente.

Destaque também para os jornais académicos em estudo – o JornalismoPortoNet e o Urbi et Orbi -, que têm uma pontuação superior aos outros jornais, “porque exploram bastante bem a multimedialidade”, explica Catarina Osório, embora reconheça que, por outro lado, estes jornais “não dominam a instantaneidade” como os órgãos não académicos.

livro-copy2Fernando Zamith lançou um livro com os resultados da sua tese de mestrado

Os resultados demonstrados durante o I Congresso de Ciberjornalismo são baseados na metodologia utilizada por Fernando Zamith na sua tese de mestrado em Ciências da Comunicação, que acaba de dar origem a um livro “Ciberjornalismo – As potencialidades da Internet nos sites noticiosos portugueses”.

O livro, lançado nesta quinta-feira, pretende fazer “um diagnóstico do jornalismo português na Internet, através do estudo da sua (pouca) adaptação às características do novo meio, complementado com a perspectiva de profissionais e académicos”.

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Mario Tascón – “Los periódicos de mañana, ¿se llamarán periódicos?”

Posted by obciber em 12/12/2008

Hoje, os utilizadores produzem uma fatia considerável do conteúdo dos media online, comparando com o papel, e os conteúdos desses media são apenas metade informação (em oposição a quase 100% informação nos jornais tradicionais), sendo o resto ocupado por entretenimento e serviços, explica Mario Tascón.

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A diferença principal está nos formatos, considera: o papel dividia-se em muito texto e algumas imagens, mas hoje na web há de tudo, de texto ao áudio e vídeo, passando por outros formatos. No entanto, segundo Mario Tascón, as edições digitais dos media tradicionais são semelhantes entre si, sejam televisões, rádios ou jornais, porque o meio é o mesmo.

Através de widgets, aplicações, RSS, a informação torna-se personalizada e os jornais colocam-se à disposição dos utilizadores: “que pedaço de informação deseja e onde deseja pô-lo?” Os novos meios digitais procuram o seu lugar, mas 75% do “queijo” online já pertence à Google, à Yahoo e à Microsoft, explica Mario Tascón.

Com o novo lugar de destaque, os media digitais ganham cada vez mais influência política, segundo o autor do blog 233 grados.

Com todas estas novas funcionalidades, o processo de elaboração dos conteúdos complica-se: os utilizadores passam a fontes (e as próprias fontes se multiplicam) e é necessário produzir mais rapidamente  e com novos equipamentos e formação. A narrativa também muda porque o texto já não é suficiente e a forma torna-se indissoluvel do conteúdos, eles próprios levados a adoptar formas diferentes para os diferentes suportes (TV, computador, telemóvel).

Mario Tascón está prestes a lançar um novo projecto, o Proyecto i.  Pretende quebrar a estrutura tradicional hierárquica na redacção, adoptando uma estrutura em rede, misturar os três actores da comunicação – profissionais, utilizadores e robôs, e tenciona obter a maior parte da informação da rede criada (“com outros editores e blogs”), em detrimento das agências e dos utilizadores.

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Início do dia 1 do Congresso

Posted by obciber em 12/12/2008

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VÍDEO: Canavilhas explica o objectivo da “gramática multimédia”

Posted by obciber em 12/12/2008

O professor da Universidade da Beira Interior proferiu a conferência “Cinco W´s e um H para o jornalismo na web” nesta quinta-feira, primeiro dia do I Congresso Internacional de Ciberjornalismo.

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Ogolo.pt: nasce em 2009 um novo ciberjornal

Posted by obciber em 12/12/2008

ogoloTrês recém licenciados do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto juntaram-se, combinaram sonhos, definiram objectivos e arriscaram. Sempre tiveram em mente o jornalismo desportivo e descobriram na Internet um meio para capacitar o projecto com que sempre sonharam.

Nuno de Noronha-Xavier

David Fernandes, Duarte Monteiro e Filipe Dinis estiveram no I Congresso Internacional de Ciberjonalismo para apresentar o seu projecto de há já alguns anos. A criação de um site de ciberjornalismo desportivo, Ogolo.pt, foi oficialmente apresentada durante o Painel 5 – Inovação e Empreendedorismo.

 Os três recém licenciados em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto quiseram criar o próprio emprego e afirmam que “esta é a melhor altura para arriscar, sem ter medo de falhar”.

Tudo começou a partir de um sonho: queriam ser jornalistas desportivos. Primeiro delinearam um esboço de ideais, depois deixaram-no crescer.

Hoje, são peremptórios ao afirmar que este projecto “tem tudo para dar certo”. Filipe Dinis revela “abdicar de muita coisa”, sentimento que partilha com os outros dois colegas e agora também sócios, “há muito esforço e sacrifícios investidos neste site”, afirma.

Optaram por um ciberjornal porque a Internet surgiu-lhes como um meio onde podem conciliar todas as formas e suportes de jornalismo. Assim, Duarte Monteiro revela: “se houver mais diversidade de conteúdos e meios de informação, as coisas tornam-se mais agradáveis e estimulantes”. Por outro lado, o baixo custo, a possibilidade de ter uma audiência mais alargada e a multimedialidade são outros factores que pesaram na escolha dos recém licenciados.

A grande aposta do site vai ser a infografia. Os três jovens, que acham que a palavra empreendedor é “demasiado sofisticada” para os descrever, explicam que embora já haja sites de informação em Portugal que contêm esse suporte, no que respeita aos desportivos, “a infografia está completamente ausente”.

“Nós queremos dar-lhe ênfase e, no fundo, equilibrar a balança entre todos os meios de comunicação”, afirma Duarte Monteiro. Ainda assim, explicam que o texto continuará a ser o grande “pilar” dos artigos, embora o grupo queira “fazer da infografia uma imagem de marca”.

O grupo está em negociações com duas rádios com o intuito de desenvolver parcerias de cooperação de conteúdos, assim como com uma empresa de Infografia que colaborará com o site.

Modelo do Ciberjornalismo

David, Duarte e Filipe confessam querer tornar o site num modelo do ciberjornalismo. “A internet é o futuro, o meio de comunicação mais dominante”, dizem. “Queremos destacar-nos pela multiamedialidade.” Quem sabe um dia mais tarde não possam estar neste mesmo Congresso, numa outra edição, a falar do sucesso de Ogolo.pt. Duarte diz que “se um dia pudesse relatar o nosso sucesso, seria o ideal”.

Apesar de tudo, não descuram a possibilidade de um dia virem a ter uma versão impressa do projecto, “não está fora dos nossos planos de maneira nenhuma, mas não é uma prioridade dado os custos. Para já, a nossa hipótese é uma edição em pdf com reportagens mais alargadas”.

Por outro lado, o grupo confessa que o site vai não só conter vários suportes de informação, como também irá focar diversas temáticas desportivas, uma vez que “é ridículo em Portugal o mercado português só estar centrado no futebol”.

Quando confrontados com a possibilidade de poderem vir a criar postos de trabalho no ramo do jornalismo desportivo, manifestam querer fazê-lo a longo ou médio prazo, para poder “dar trabalho fixo e pago aos colaboradores que trabalham em regime de voluntariado e que tanto ajudam neste momento” no projecto. Nesta altura, as dificuldades que sentem giram à volta da falta de apoios, que acham que “se suprimirá com os patrocínios que advirão quando o site estiver online”.

O sonho converte-se em realidade no dia 1 de Janeiro de 2009.

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João Canavilhas – “Cinco W’s e um H para o jornalismo na web”

Posted by obciber em 11/12/2008

João Canavilhas defende que um novo meio, como a web, precisa de uma nova linguagem [Marshall McLuhan: “um novo meio caracteriza-se por acumular as características dos meios anteriores até adquirir a sua própria linguagem”]. Daí que colocar vídeos nos jornais online não é a linguagem online, é apenas a adaptação das outras linguagens a esta.

– WHO quem é o elemento importante > é o leitor, não o jornalista, que deve interrogar-se se os leitores estão satisfeitos com o seu trabalho. É necessário preparar o jornalista para as novas “medidas” como o nº de comentários (não tem o mesmo significado que mais visitas)

– WHAT o que fazer com tanta informação > novo paradigma: jornalismo com maior profundidade. João Canavilhas estudou os percursos dos utilizadores na internet, concluindo que existe um paradigma diferente: a pirâmide deitada.

No primeiro momento há uma explicação básica, o segundo passo conduz a uma explicação mais detalhada e o utilizador pode continuar para os níveis seguintes, para informação cada vez mais aprofundada.

WHEN quando publicar > imediatamente, diz João Canavilhas, opondo-se à tendência de “guardar” para o jornal do dia seguinte ou o noticiário das 8, porque os primeiros a noticiar algo serão sempre citados pelos órgãos de comunicação que se seguiram.

HOW e WHERE onde linkar e como linkarlinguagem

João Canavilhas sugere uma arquitectura da notícia que inclua marcação de links em palavras embutidas no texto, seguindo algumas regras (distribuir os links ao longo do texto, ligá-los a uma palavra-chave, usar apenas um link uma vez, ligar sons junto de citações ou verbos activos, etc.)

O professor da UBI fala também de novos formatos no jornalismo multimédia: áudio slideshows, panorâmicas, reportagem vídeo ou reportagem multimédia interactiva, multimédia imersivo e serious games. Existem igualmente novas ferramentas: agregadores de informação, informação actualizada ao segundo, informação georeferenciada, informação hiperlocal e conteúdos dos cidadãos (que Canavilhas salienta não ser jornalismo).

Consequentemente surgem novas linguagens informáticas e múltiplos percursos de leitura, assim como novos suportes (telefones móveis ou consolas portáteis).

Todas estas mudanças, declara João Canavilhas, provocam mudanças nos jornalistas, que se vêem obrigados a funcionar com múltiplas plataformas e tarefas e a tornarem-se mais autónomos. Os próprios media vão mudar, em direcção à transformação em “supermeios multimédia generalistas” e “micromeios altamente especializados”.

(versão mais desenvolvida da apresentação na Biblioteca Online de Ciências da Comunicação)

Laboratório de Comunicação e Conteúdos Online

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VÍDEO: Helder Bastos explica o que é Jornalismo 3G

Posted by obciber em 11/12/2008

O professor da Universidade do Porto apresentou, na quinta-feira, os resultados da sua tese de doutoramento, na conferência  “Ciberjornalistas em Portugal”.

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Manuel Molinos (JN) – “A Renovação do JN Online”

Posted by obciber em 11/12/2008

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Depois da mudança do site – regida pela “inovação”, “criatividade”, “tecnologia” e “formação” e com objectivo de implementar “multimédia, hipertexto, interactividade” – teve um aumento de 32% de page views.

“A ligação entre os dois suportes fez-se naturalmente”, explica Manuel Molinos:  muitos destaques para o online no papel e algumas vezes a versão online remete para o papel, e um dos objectivos é complementar a edição impressa com multimédia.  JN apostou nas breaking news e na informação a nível local, assim como a cobertura em tempo real (Red Bull Air Race, o bloqueio dos camionistas, o desastre aéreo em Madrid) com multimédia – áudio, vídeo e infografias. O jornal também marcou presença física nos festivais de Verão, mostrando “como se produz informação online“, declara Manuel Molinos.

A interacção com os utilizadores foi também valorizada: “os comentários estão a crescer” e a rúbrica Cidadão-repórter é actualizada todos os dias, tendo alguns leitores fiéis. A implementação de um chat na noite das eleições norte-americanas foi outra das experiências direccionadas para o utilizador que o JN fez e que tenciona repetir, de acordo com Manuel Molinos.

A mudança foi “bem recebida” por leitores do JN online, incluindo os séniores.

“Hoje pensa-se online em toda a redacção”, diz Manuel Molinos, e os jornalistas habituaram-se a levar consigo material para recolha de vídeo e áudio “além do bloco de notas”. “Mas é errado pensar que o jornalista pode em qualquer circunstância produzir para todos os suportes”, finaliza o jornalista.

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Beth Saad – “Ciberjornalismo 2.0: o impacto das ferramentas de mídia social”

Posted by obciber em 11/12/2008

Houve uma evolução do valor da informação ao longo de 15 anos de internet: nos dias de hoje, cada indivíduo é produtor de informação.

A web é uma “plataforma social global e fonte geradora de competências”:

Hoje há o Google (distancia os utilizadores das marcas informativas), agregadores de notícias, sistemas de construção de notícias visuais, inovações tecnológicas constantes (portáteis e acessíveis) e novos processos narrativos (blogging, tagging).

Segundo Beth Saad, estas novas características autonomizam o utilizador, mas têm um “impacto negativo no processo estratégico e perda do controlo da audiência e da mediação”. É, por isso, necessário encontrar um novo papel para interagir com esta audiência participativa, através:

– do utilizador (é cada vez mais autónomo, daí ser necessário conhecer o seu perfil, que não é igual ao da pessoa “real”)

– do jornalista (“atrapalhado e perdido”)

– da empresa jornalística (maioria das empresas ainda está no início da convergência, ainda está no paradigma “tradicional”, sem comunicação entre redacções)

Surge  então a figura do jornalista-estrategista, que vai além da produção de texto:

As empresas informativas têm de proporcionar formação aos seus jornalistas e o ensino superior tem de fazer reformas passando pela incorporação das três variantes jornalismo, publicidade e produção audiovisual, diz a professora da Universidade de S. Paulo. O profissional da comunicação vai precisar de “ter uma visão do negócio a todos os níveis” (empresa, produto) e também de se aproximar e conhecer o utilizador, enquanto começa a dominar as novas ferramentas (reportagens multimédia, blogs, Twitter, etc.)

É preciso assumir que existe uma web nova, diz Beth Saad, e é necessário saber “informar guiando”.

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Helder Bastos – “Ciberjornalistas em Portugal”

Posted by obciber em 11/12/2008

Helder Bastos estudou o ecossistema ciberjornalístico português, entre Janeiro e Março de 2008, interrogando 67 jornalistas dos 95 que desempenham “oficialmente” esta função em Portugal.

A maioria tem entre 35 e 45 anos e não existe grande precaridade no ciberjornalismo português, sendo que grande parte tem estabilidade profissional, com contrato, e a maioria recebe um salário entre 1000 e 1500€.

A maior parte tem uma experiência de 6-10 anos em ciberjornalismo e cerca de 3/4 tem curso de Comunicação ou Jornalismo, embora mais de metade não tenha formação específica em jornalismo online.

A tarefa dominante é a redacção de notícias, embora as restantes ocupações (pesquisa online, adaptação de conteúdos e textos de agência) também sejam frequentes. A interacção com a audiência é muito baixa, sendo que a maioria dos ciberjornalistas ocupam menos de uma hora ou nenhum tempo a contactar com o público. Também as saídas em reportagem acontecem raramente, embora isso não seja um problema exclusivamente português.

O professor da Universidade do Porto constatou que a edição de vídeo e de som são muito pouco utilizadas no ciberjornalismo português, sendo largamente ultrapassadas pelo tratamento de fotografia e processamento de texto. E mesmo na edição de vídeo, é mais comum a utilização de pacotes já preparados de agências do que a recolha de material no terreno.

Mais de metade dos jornalistas não fazem produção simultânea para online e para o meio tradicional e quase a totalidade dos ciberjornalistas acreditam que o jornalismo online é muito pouco valorizado.

Paradoxalmente, os ciberjornalistas acreditam que se tira muito partido do meio online, mas os académicos dizem o contrário.

Para os ciberjornalistas portugueses, o papel essencial do jornalismo online é credibilizar a informação e a sua maior dificuldade é o multitasking, sendo importante mencionar que outro dos problemas é acompanhar as inovações, algo essencial no ciberjornalismo, diz o docente da UP. Helder Bastos ficou intrigado quando verificou que apenas metade dos ciberjornalistas achem que o jornalismo online traz novos dilemas.

Muitos dos ciberjornalistas portugueses acreditam que há maior proximidade entre entretenimento e notícias no meio online e consideram que isto pode afectar a qualidade das notícias, tal como o imediatismo.

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Luís Miguel Loureiro: “Convergência e hipermodernidade: Emerge a TV do Ego”

Posted by obciber em 11/12/2008

Que mudanças trará a convergência dos media e a facilidade de utilização das tecnologias para a televisão? Não há razão para preocupações, diz Luís Miguel Loureiro, e coloca a questão: será a Internet social o verdadeiro “agente” da convergência?

Há sinais de que pode haver uma convergência na televisão, vindos dos públicos mais jovens: estudos apontam para uma migração dos públicos jovens para a cultura informática.

A convergência hipermoderna demonstra que há uma acelaração para uma sociedade centrada no Eu – “egocasting” (Rosen, 2005) e as emissões passaram a ser não de muitos para muitos como também de um para um, personalizadas.

Pós-televisão: é a morte ou da TV ou uma nova etapa televisiva?

Mudam os interpretantes: inicialmente era o Estado, depois a Televisão-instituição e, agora, o público – eu (Verón). Mas Luís Miguel Loureiro acredita que caminhamos em direcção a uma televisão que valoriza o eu, mas que continua a ser uma televisão para todos.

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Nuno Vargas – “O Jornal de Notícias Online: um meio, duas redacções. Desafios da convergência”

Posted by obciber em 11/12/2008

jnobciber

Desafios na reorganização do jn.pt, explicados por Nuno Vargas

problemas 1:

hábitos de trabalho da redacção (produção para a web dependente do papel)

– necessidade de formação (tecnológica e de adequação de conteúdos à web)

– período temporal limitado

– limitações de implementação

problemas 2:

– risco de descaracterização da marca (opções têm de ter em conta expectativas dos leitores, mas sem overlapping)

– capacidade de produção de conteúdos

– desconhecimento da reacção do receptor

– o “tom” das duas plataformas


projecto:

– desenvolver modelo flexível e dinâmico

– prever os variados fluxos de produção

– potenciar as novas características

– inovar e manter

contacto: vargasbarcelona@gmail.com

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Ramón Salaverría – “Uno para todos y todos para uno? Los medios de comunicación ante la convergencia digital”

Posted by obciber em 11/12/2008

Ramón Salaverría – apresentado por Javier Díaz Noci – investiga a convergência digital nos meios de comunicação, com outros 26 investigadores de 13 universidades espanholas (blog), a 4 níveis:

– conteúdo

– empresas

– tecnologia

– profissionais

Segundo o investigador da Universidade de Navarra, “o paradigma de mercado está a mudar” e ouve-se todos os dias falar de dificuldades e/ou desaparecimentos de jornais em papel, ao mesmo tempo que a publicidade na Internet sobe a cada ano.

Ramón Salaverría caricatura as duas interpretações de convergência existentes:

– para as empresas, será a noção de colaboração, de “um meio para todos”

– para os jornalistas, é “cada um com o seu”

Convergência, diz o académico, não é o mesmo que integração.

A convergência é um processo, enquanto a integração é o eventual resultado desse mesmo processo, que Ramón Salaverría não encontra ainda em quase nenhum dos órgãos de comunicação.

Esse mesmo processo não incide apenas sobre as redacções, explica o professor de Navarra, mas também sobre os conteúdos, as empresas e as tecnologias.

Salaverría aponta o iPhone e outros dispositivos semelhantes como “um desafio para os media”: “vocês têm de me satisfazer com conteúdos para este aparelho”, afirma.

Prevê que os grupos mediáticos venham a dar mais importância à internet, que fará a ponte entre a rádio, a imprensa (que perderá a sua hegemonia e monopólio de recursos) e a televisão, que ocupará uma fatia maior.

Quanto ao “pânico” lançado pelo desaparecimento, diz que “não interessa o material, o importante é aproveitar todas as possibilidades”.

Conclui que:

– a convergência é inevitável e vai verificar-se nas 4 esferas (profissional, empresarial, tecnológica e de conteúdo)

– as empresas têm que decidir qual o nível de integraçã0 querem para cada esfera

-… e no caso de quererem nas esferas de conteúdos e profissional, têm de reorganizar previamente a tecnologia e a empresa

“A convergência não é a panaceia para todos os males”.

Ramón Salaverría publicará este mês, juntamente com Samuel Negredo, o livro “Periodismo Integrado: Convergencia de Medios y Reoganización de Redacciones”.

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Bem-vindos à “live coverage” do I Congresso Internacional de Ciberjornalismo

Posted by obciber em 10/12/2008

Este blog será permanentemente actualizado nos dias 11 e 12 de Dezembro, ao ritmo dos desenvolvimentos do I Congresso Internacional de Ciberjornalismo, nas instalações do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto.

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